terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Andei esperando tanto daquela chuva que prometeu purificar. Esperando tanta coisa boa da vida, sorrindo sem vontade pra ver se ela me sorri de volta. Tentando plantar, mesmo que com poucas sementes, pra ver se colho algo bom. Pra ver se cresce uma árvore (mesmo áspera, seca, machucada, não importa, tudo bem, vou amá-la do mesmo jeito), para que eu possa subir e ainda que a subida seja árdua, quando eu chegar lá no topo vou apreciar a vista de forma tão aliviada. Tão vívida e cheia de paz, de agradecimento por todo esse sentimento ruim ter ido embora. Quando eu chegar lá em cima, na copa da árvore e conseguir enxergar as tantas outras que eu plantei e estão ali, como meus troféus de vitória, a vida vai voltar a ter sentido. A valer à pena ser vivida. Aqui do chão não dá pra ver nada, mas eu garanto que se plantar, se me esforçar, até se me arranhar toda na subida, chegar lá em cima vai ter gosto de fruta fresca, cheiro de atmosfera quando a chuva está por vir, de livro novo esperando pra ser abraçado. Eu prometo que esse dia vai chegar. Eu sei que vai, e subitamente eu vou perceber que o passado ficou onde deveria estar.
Então hoje, eu planto. Eu confio em todos os Deuses que dão as mãos para agir pelo bem. Eu espero.

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