terça-feira, 3 de abril de 2012

É bela?

Não, não é assim que funciona! As pessoas devem decidir o que querem, ainda mais em épocas difíceis. Eu mesma estou em uma bagunça de sentimentos. O que sentir? Por quem sentir? Pra quê sentir? No fim, nada dura pra sempre. Dura apenas o tempo necessário para que machuque quando acaba. Dura apenas pra deixar saudade.

Não quero mais isso, e não quero mesmo! Estou me preocupando demais, com tudo. *Help*.

Depois, quando por proteção, eu não demonstro sentimentos, não sou toda sorrisos para todos os lados, não saio dizendo ‘eu te amo’, ‘você é especial para mim’, acabo me passando por fria, egoísta, sem sentimento. É tão difícil entender que é auto-proteção e que eu gosto de dar valor para quem merece? Para quem já me viu sorrir, quem já me viu chorar, quem já me salvou, quem me fez rir quando eu mais precisei? Pois então que seja, mesmo com os prejuízos que esbarro de vez em quando, a recompensa é sempre maior que o custo. Amigos de verdade, amores intensos, momentos inesquecíveis com quem eu gostava de verdade, aprendizado para vida inteira. Acho que essas são as coisas que devem amolecer um coração, que merecem um “eu te amo”.

Não vou justificar, não vou agradar, não vou me importar. Vou correr atrás do que é meu. Vou crescer bastante agora. Eu quero isso, desejo isso mais que muitas outras coisas. E, como muitas pessoas acham, vou me fechar mais ainda e só me jogar de cabeça no que for brotar um sorriso no meu rosto. Chega de viver pelos outros. Essa carne é minha, essa alma é minha. E a vida, sendo bela ou não, é minha também! No fim, se o tombo for grande, o aprendizado que levarei vai ser deveras maior.

" Deixe o sol secar suas lágrimas,
Deixa o mar limpar sua alma
de tudo que deixamos pra trás
E vamos viver em paz."

quinta-feira, 1 de março de 2012

Textos de Caio. Metade da minha alma, meu alter-ego.

"Porque a vida segue. Mas o que foi bonito fica com toda a força. Mesmo que a gente tente apagar com outras coisas bonitas ou leves, certos momentos nem o tempo apaga. E a gente lembra. E já não dói mais. Mas dá saudade. Uma saudade que faz os olhos brilharem por alguns segundos e um sorriso escapar volta e meia, quando a cabeça insiste em trazer a tona, o que o coração vive tentando deixar pra trás."


“ Ando com uma vontade tão grande de receber todos os afetos, todos os carinhos, todas as atenções. Quero colo, quero beijo, quero cafuné, abraço apertado, mensagem na madrugada, quero flores, quero doces, quero música, vento, cheiros, quero parar de me doar e começar a receber.”


"Acredito que essa moça, no fundo gosta dessas coisas. De se apaixonar, de se jogar num rio onde ela não sabe se consegue nadar. Ela não desiste e leva bóias. E se ela se afogar, se recupera.
Estranho e que ela já apanhou demais da vida. Essa moça tem relacionamentos estranhos, acho que ela está condicionada a ser uma pessoa substituta. E quem não é?
A gente sempre acha que é especial na vida de alguém, mas o que te garante que você não está somente servindo pra tapar buracos, servindo de curativo pras feridas antigas?
A moça…ela muito amou, ama, amará, e muito se machuca também. Porque amar também é isso, não? Dar o seu melhor pra curar outra pessoa de todos os golpes, até que ela fique bem e te deixe pra trás, fraco e sangrando. Daí você espera por alguém que venha te curar.
Às vezes esse alguém aparece, outras vezes, não. E pra ela? Por quem ela espera?
E assim, aos poucos, ela se esquece dos socos, pontapés, golpes baixos que a vida lhe deu, lhe dará.
A moça – que não era Capitu, mas também têm olhos de ressaca – levanta e segue em frente.
Não por ser forte, e sim pelo contrário… Por saber que é fraca o bastante para não conseguir ter ódio no seu coração, na sua alma, na sua essência. E ama, sabendo que vai chorar muitas vezes ainda. Afinal, foi chorando que ela, você e todos os outros, vieram ao mundo."


"Compreendo tudo muito mais. Dói e é incômodo. Vontade de não saber perdoar, de não ser compreensivo, tolerante — de não me contentar com o pouco — “amor malfeito, depressa, fazer a barba e partir”. O domingo tá acabando — já é tarde — amanhã a gente começa de novo. Eu me sinto às vezes tão frágil, queria me debruçar em alguém, em alguma coisa. Alguma segurança. Invento estorinhas para mim mesmo, o tempo todo, me conformo, me dou força. Mas a sensação de estar sozinho não me larga. Algumas paranóias, mas nada de grave. O que incomoda é esta fragilidade, essa aceitação, esse contentar-se com quase nada."


“Todo mundo quieto em volta. Aí resolvi calar a boca. Afinal, como na fábula do lobo e do cordeiro: contra a força não há argumentos. Mas ando de saco muito cheio com essas coisas. De repente tô trabalhando num lugar que me obriga a ir contra tudo que penso e sinto. Não sei como resolver tudo isso. Mas tudo bem, tô calmo e ponderado, embora a vontade seja de agredir todo mundo, dizer meia dúzia de verdades e sair pisando duro. Não vou fazer nenhuma loucura.”


Ai, Caio, queria te ter pra mim. Pra conversar, pra me entender. Mas encontro nos seus textos uma paz feliz e calma, e deixo estar. Te deixo viver aqui dentro de mim, meu favorito.

domingo, 5 de fevereiro de 2012

Luzes da vida


Há pessoas estrelas e há pessoas cometas. Os cometas passam. Apenas são lembrados pelas datas que passam e retornam.

As estrelas permanecem. O Sol permanece. Passam-se anos, milhões de anos e as estrelas permanecem. Os cometas desaparecem.

Há muita gente como os cometas, que passa pela vida da gente apenas por instantes. Gente que não prende ninguém e a ninguém se prende.

Gente sem amigos. Gente que apenas passa, sem iluminar, sem aquecer, sem marcar presença. Assim são as pessoas que vivem na mesma família e que passam um pelo outro sem serem presença.

O importante é ser como as estrelas. Permanecer. Clarear. Estar presente. Ser luz. Ser calor. Ser vida.

Ser amigo é ser estrela.

Podem passar os anos, podem surgir distâncias, mas a marca da amizade fica no coração. Corações que não querem se enamorar de cometas, que apenas atraem olhares passageiros e passam.

São muitas as pessoas cometas. Passam, recebem as palmas e desaparecem. Ser cometa é ser companheiro apenas por instantes. É explorar os sentimentos humanos.

A solidão de muitas pessoas é consequência de não poderem contar com alguém. É resultado de uma vida de cometa. Ninguém fica. Todos passam uns pelos outros.

Há muita necessidade de criar um mundo de pessoas estrelas. Aquelas com as quais todos os dias podemos contar. Todos os dias ver a sua luz e sentir o seu calor.

Assim são os amigos estrelas na vida da gente. Pode-se contar com eles. Eles são presença. São coragem nos momentos de tensão. São luz nos momentos de escuridão. São segurança nos momentos de desânimo.

Ser estrela neste mundo passageiro, neste mundo cheio de pessoas cometas, é um desafio, mas, acima de tudo, uma recompensa.

É nascer e ter vivido e não apenas existir.