domingo, 14 de agosto de 2011

Darling, you're hiding in the closet once again. Start smiling.

Eu não quero mais falar disso. Não quero mais explicar que eu estive numa fase absurda da minha vida. Numa fase em que eu amadureci, mas, incrivelmente, achei estar tomando decisões certas e no fim estava errando, novamente. Você pode estar se perguntando: “Essa garota não sabe o que é amadurecer. Ela diz que tomou decisões erradas no fim das contas, isso não é amadurecer”. Acontece, caro correspondente, que eu descobri que a única coisa certa que eu sei fazer é errar. E depois aprender com isso.

Eu segui caminhos estranhos, mudei meu jeito, esqueci o meu “eu”, minha personalidade se contorcia dentro de mim e me fazia questionar o tempo todo se eu QUERIA fazer tal coisa, perdi minha atenção observadora para com as pessoas e, ainda, me entristecia mais a cada dia. Tive quem ficou do meu lado, segurando minha mão, mas eu me perguntava quase todo o tempo o porquê de estarem me ajudando. O fato de serem meus amigos, de se importarem comigo, não fazia mais sentido. Eu cheguei numa etapa em que duvidava de cada sílaba que me diziam, que no fundo era tudo fingimento e que ninguém se importava verdadeiramente comigo; e eu achava que estava só, mesmo com todos provando o contrário. Sempre fui teimosa, e tenho uma confidente dentro de mim que às vezes toma o controle e não me deixar ver as coisas como são, sabe, simples e cruas; e me arrependo de ter deixado esse outro lado meu tomar tanto o controle. Como eu expliquei, foi uma fase absurda, não espero que alguém entenda. Mas, eu superei, eu enxerguei, eu voltei para meu “eu” antigo, mas eu não sou mais a mesma. Nesse momento, eu digo que mudei. E tudo que passei fora a fase para a mudança. Fase chata, massiva, confusa, internamente dolorida. Mas, de qualquer forma, passou. Sinto-me muito mais racional agora, como sempre.

Já tive amigos que disseram que eu era a pessoa mais intensa que conheciam, e tive outros que me achavam uma boba. Já teve quem me disse que eu devia parar de viver dentro da “minha cabeça” e começar a enxergar com os olhos da humanidade, olhos menos complexos e julgadores. E no fim eu acho que juntei tudo e me tornei o que sou agora. Recebi cada conselho como um bom amigo e hoje eu posso respirar com facilidade, mas eu olho pra trás e machuca ver um ano tão conturbado, tão estressante, tão confuso, tão... desperdiçado.

Então o que menos quero fazer agora é olhar pro passado, porque vai machucar e eu já passei dessa fase de dor. Minha nova fase são sorrisos, compreensão, novas amizades, mais estudos, novas fotos, novas bandas, novos livros, novos caminhos. E sempre que eu me pegar pensando nisso novamente, eu vou encontrar um pensamento feliz e guardado no tempo pra me ajudar a esquecer o que passou, é SEMPRE a melhor coisa a fazer.

Como disse no começo, não quero mais falar disso, eu definitivamente parei. Só queria deixar registrado, como uma foto no fundo da gaveta que é encontrada anos depois e nos arranca um sorriso bobo de “como tudo mudou e como eu era feliz naquela época e não sabia”.

Hoje encontro-me muito mais feliz, mais ruiva do que nunca, mais motivada pra continuar em frente e ainda, me aceitando como nunca antes. Lembranças de uma fase ruim que só serviram para me fazer amadurecer, crescer.