Há um tempo, estava eu quietinha no meu quarto falando com você e me deparo com um pensamento que me desesperou um pouco... Lembro-me de questionar onde eu havia perdido o controle que outrora mantinha. Pois bem, estava eu a questionar o que faria dos meus dias sem você neles.
Depois de tantos desgastes, eu havia retomado o controle, colocado o pé no chão e enxergado a realidade. Eu posso sim viver e ser feliz sem ela, pensava. Até que em algum momento entre seu abraço, seu cheiro, seu jeito, me perdi novamente. Meu medo era de sofrer, claro. Meu medo era de me apegar novamente porque de alguma forma eu sabia que quando me entregasse, quando confiasse no que me dizia, eu seria novamente deixada de lado.
Eu odeio estar certa sobre tudo que prevejo.
Novamente, quietinha no meu quarto, só eu e minha dor, me pergunto mais uma vez (entre tantas!) qual o motivo de acordar mais um dia, trabalhar, estudar, viajar... Me pergunto porquê eu deveria fazer qualquer uma dessas coisas que chamam de "viver a vida" ao invés de ir embora daqui, virar as costas pela última vez.
Ninguém me responde, a curiosidade e a vontade aumentam a cada dia.
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